terça-feira, 18 de março de 2014

Informações Contábeis

Olá leitores. Nosso post de hoje vai tratar das informações contábeis e do seu papel no mundo da Contabilidade.

A sobre o tema foi visto recentemente em sala e compete ao CPI trazer luz ao assunto. A contabilidade tem se mostrado uma ferramenta poderosa para a tomada de decisões de uma companhia ou empresa. Logo, as informações prestadas podem traçar um panorama atual como também podem apresentar
Créditos: UNIDESC
novas perspectivas da situação econômica, financeira ou patrimonial da entidade. Contudo, essas informações atendem a usuários diferentes;e que por sua vez tem pretensões diferentes. Para regular a característica dessas informações, o International Accounting Standard Board (Comitê de Normas Internacionais da Contabilidade -representação máxima da contabilidade no mundo) elaborou uma nova redação que mostra a estrutura conceitual dessas informações com o intuito de fornecer "um posicionamento mais claro". A estrutura mostra alguns princípios que devem balizar como essas informações devem ser de fato.O Comitê de Pronunciamentos Técnicos (CPC) é o grupo responsável, aqui no Brasil, pela absorvição e apresentação de novas propostas ao Conselho Federal de Contabilidade que, por sua vez, é a responsável por transformar a proposta em norma, isto é, em regras.Em Dezembro de 2011, o CPC anunciou sua primeira revisão do então Pronunciamento Técnico 00 - que fora criado em 1989 - , para se adequar (e não imitar simplesmente) às normas já postas pelo IASB. A resolução dispõe de quatro capítulos e ao fim desta postagem você encontra o link de acesso à resolução e um material comentado a respeito.

Aqui, vamos tratar especificamente do capítulo 3 da resolução que discorre acerca das informações contábeis qualitativas.Conforme fora dito, as informações contábeis tem finalidades específicas aos seus usuários.Contudo, o novo conteúdo dá grau de importância maior aos usuários externos (bancos, investidores em potecial, financiadores, Governo e afins) . E isto sem recorrer a uma hierarquia de prioridade. A decisão do CPC tende a nos fazer pensar que os usuários externos são majoritários em relação aos internos e satisfazem a necessidade comum desses já que as informações auxiliam na tomada de decisões por parte deste público.Uma outra interpretação plausível é a de que a administração tende a não enganar a si mesma, uma vez que ela já tem conhecimento e controle dos dados contábeis.

Sendo assim, as características qualitativas da informação contábil se divide em:

  1. Fundamentais, subdivindo-se em dois aspectos:  relevância e representação fidedigna;
  2. De melhoria, ao qual se verificam os aspectos da comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade.
Com isso, as informações contábeis passam a ser úteis e melhoradas a medida que apresentam os aspectos do segundo ponto (as de melhoria). A informação é relevante quando é capaz de inferir, influenciar, fazer diferença nas decisões a serem tomadas pelos usuários. Isso só ocorre se ela tiver valor preditivo (ou seja, é capaz de fazer com que o informado faça projeções e estimativas futuras sem que necessariamente os dados sejam preditivos), confirmatório (servindo de feedback) ou ambos. 

Para ser fidedigna, a informação tem que apresentar três atributos: 
  • Precisa ser completa para que o usuário entenda completamente o fenômeno que ele se propõe a analisar e para isso precisa que contenha o necessário;
  • Precisa ser neutra , ou seja, deve estar livre de viés na seleção ou na apresentação a fim de que não seja distorcida pela simples acepção desta ou daquela informação;
  • E precisa ser livre de erros, pelo menos, o mínimo possível (sim, o pronunciamento reconhece que a exatidão é uma utopia). Estar livre de erros quer dizer que o processo para obtenção da informação tenha sido selecionado e aplicado livre destas imperfeições, permitindo que as limitações do processo sejam expostos, se assim for necessário.
A comparabilidade vai permitir aos usuários entender as similaridades e diferenças entre as decisões tomadas. Por exemplo: Na escolha de optar por um investimento, o usuário pode comparar as informações prestadas com outras do mercado e até com outros investimentos da empresa em períodos anteriores.Já a verificabilidade permite que o usuário tomador da informação tenha segurança para checar e confirmar a fidedignidade das informações por meio de outros usuários, ainda que não seja um consenso entre os demais da realidade econômico-financeiro da empresa.A tempestividade vai corroborar na tomada de decisões pois assegura que seus usuários tenham informação a tempo de tomar suas decisões de modo consciente.Por fim, a compreensibilidade preza pela classificação, caracterização e apresentação das informações de modo "entendível"; mas deixando claro que o tomador da informação tenha o mínimo de conhecimento acerca do que se propõe a analisar.

É claro que muitos outros aspectos são apresentados na resolução 1374 do CFC,mas por enquanto ficamos por aqui (respeitando a sua compreensibilidade) e prometendo retornar a este ou outras temas correlacionados em momento oportuno.

E aí, gostando do blog? Mande-nos então suas dúvidas, críticas, melhorias e sugestões nos comentários abaixo ou na nossa fanpage no Facebook (é só curtir no box do seu lado direito). Abaixo, você encontra o link da Resolução 1374 e o material complementar sobre o tema. Até a próxima!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário